sexta-feira, 8 de abril de 2011

Verdade ou Ficção?

Nasce uma criança a partir de pais com alguns problemas de saúde. Sua mãe sofre de algum distúrbio mental e ele acaba sendo encaminhado à adoção.

A criança segue sua evolução física natural, mas por algum motivo se torna uma criança com um comportamento que tende a se isolar das outras pessoas. Na escola ela não faz amigos com facilidade e na rua onde mora ela pouco fala com os vizinhos.

Paralelamente a Al-Qaeda realiza o ataque de 11 de setembro de 2001. O mundo se transforma. A vida dos terroristas e de seus mentores fica mais complicada.

Os paraísos fiscais rapidamente deixam de ser os mesmos, passam a ser monitorados e circular com dinheiro deixa de ser um processo simples. As regras para circulação de dinheiro no mundo sofrem fortes alterações. As instituições financeiras em países como o Brasil são pressionadas a monitorar de forma mais ativa as transações financeiras de seus clientes. Novos sistemas são implantados para acompanhar mudanças nos perfis dos clientes.

Na mesma época estoura a guerra contra o terror no Iraque e no Afeganistão.

Os mentores das ideias e das ações terroristas começam a procurar novos lugares no mundo onde não há investimento e nem políticas ante-terroristas, países com baixíssimo investimento em saúde, educação e segurança, com tanta corrupção que um terrorista passaria despercebido.

Em países assim os terroristas nativos desviam o dinheiro que deveria ir para saúde, educação e segurança e criam leis para não serem pegos.

O menino segue crescendo de forma estranha, demonstrando sofrer de alguma patologia, talvez cerebral. Sua forma de pensar e suas ações o tornam cada vez mais uma pessoa isolada da família, dos vizinhos, das outras crianças da escola, do mundo a sua volta. Pra piorar, a turma da escola ainda trata ele como um garoto esquisito que não merece atenção. A direção da instituição, por sua vez, não teve condições de identificar e ajudá-lo.

Nesse meio tempo, o garoto descobre um mundo onde ele pode perguntar o que quiser e falar o que quiser. Ele descobre a Internet. Nesse novo mundo ele consegue direcionar suas perguntas para o lado negro da força, conhece outras pessoas como ele e acaba se tornando um alvo de um grupo terrorista.

Dia após dia ele vai se envolvendo cada vez mais em suas pesquisas apoiado por “amigos” virtuais que o aceitam e fazem questão de “entender” todos os seus problemas e revoltas com o mundo real. Aos poucos eles vão ganhando a confiança do, agora, jovem rapaz.

O tempo vai passando e o jovem agora já está trabalhando, mas ainda com o mesmo comportamento isolado e as vezes agressivo com os companheiros.

Seus pais morrem e depois de algum tempo morando com os irmãos ele acaba indo morar sozinho. Nessa nova residência ele se isola ainda mais do mundo a sua volta, deixa a barba crescer (no estilo BinLaden) e mergulha de vez nas “amizades” virtuais que acabam dedicando bastante tempo em sua nova “educação”.

Essa nova “educação” era baseada em uma mistura de religião, treinamentos militares e ideais completamente loucos. O processo todo era muito complexo, uma constante lavagem cerebral, que tinha como único objetivo formar um terrorista.

Nas mãos das pessoas erradas, em pouco tempo o jovem rapaz passou de uma simples pessoa com alguns distúrbios para um terrorista capaz de receber instruções com frequência diária, com duras rotinas de treinamentos com armas e infinitas leituras de textos que apoiavam sua forma de pensar sobre os objetivos dos terroristas.

Nesse meio tempo uma revista de grande circulação no Brasil, publica em uma de suas edições de 2011, que o Brasil se tornou um centro para formação de terroristas que são encaminhados para o resto do mundo.

Duas semanas depois, seguindo orientações, o jovem terrorista destrói quase todas as provas que ligam sua pessoa aos seus mentores, escreve uma carta de adeus e segue para executar seu plano terrorista.

Ele entra em uma escola, destrói a vida de várias famílias e se mata após ser baleado por um herói.

Depois de algum tempo investigando o computador capturado na casa do jovem morto, a polícia decide convocar técnicos em análise forense computacional e descobre que o terrorista utilizou várias técnicas para apagar provas e qualquer rastro de suas conversas. Tudo isso mostra sim que o jovem recebeu treinamentos diversos, mas para evitar pânico, a conclusão do caso não chega ao público.

Um comentário:

  1. Falou o q eu queria falar, mas n sabia como!
    A maior culpada por isso tudo é a sociedade...
    Bom texto!

    ResponderExcluir