sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Novos campos de batalha

Dessa vez escrevo sobre as ações que se utilizam da Internet como campo de batalha.

É interessante como as coisas acontecem, como a informação é importante e precisa ser disponibilizada para todos.

Obs:
Em tempos de WikiLeaks, preciso dizer que não sou a favor da disponibilização de informações que possam gerar risco de vida. Não concordo com a divulgação de planos de segurança, por exemplo.

Lembro que bem no começo dos anos 90 meu pai contratou um serviço de TV por assinatura, lá pra casa. Quase 20 anos depois, eu lembro de um programa onde um tenente-coronel da cavalaria marítima americana, já dizia que num futuro próximo as guerras seriam cibernéticas. Sobre como seria possível paralisar alguns recursos sem a necessidade de disparar um tiro.

Ainda ontem comentei com um amigo que alguns canais de TV deveriam ser abertos para toda a população. O Discovery Channel é um deles. Como seria legal se as pessoas pudessem escolher entre algum programa que ensina à preparar um prato muito barato com bacalhau e um outro programa sobre, por exemplo, os caçadores da Arca de Noé. Hahaha É isso mesmo! Esta semana enquanto eu me preparava para umas partidas de tenis, eu vi parte de um documentário sobre a Arca de Noé.

Nesses últimos meses, temos visto os ataques aos sistemas das plantas das usinas nucleares do Irã e aos que não estão "de acordo” com o WikiLeaks. Sem falar em muitos outros que não chegam à mídia.

Tem uns 2 meses que uma empresa muito conhecida no Brasil nos ligou pedindo uma força com o firewall, onde eles achavam que havia algum problema de configuração ou de hardware. Depois de analisar os logs, descobrimos que eles estavam sofrendo um ataque que visava causar indisponibilidade do link (DDOS). Até a Embratel entrou na luta. Mas infelizmente eles não entenderam o que poderiam fazer para colaborar. O ataque durou quase 24 horas. A origem dos disparos era 100% distribuída, geograficamente falando, mas nós conseguimos segurar a onda, com algumas técnicas afro-ninjas.

Imagino quantas empresas passam pela mesma situação sem saber o que está acontecendo. Tipo “Alguém anotou a placa do caminhão? Como assim? Estamos num avião.”

Uma coisa interessante dessa nova guerra envolvendo o Wikileaks é a coordenação da operação via Twitter e IRC e a divulgação de vídeos com mensagens diversas via Youtube. Outra coisa interessante é que algumas ferramentas (armas virtuais com efeitos reais) foram disponibilizadas pelos links via Twitter. Essas ferramentas já devem estar nas mão de “crianças” que inadvertidamente farão testes contra endereços IPs só para ver o que acontece e depois se auto-classificar como hacker.

Tentar rastrear esses caras é uma verdadeira missão porque eles nunca estão onde parecem estar. Viva o Projeto Tor.

Meu amigo, sócio e personal Jesus Christ, Alejandro Mick Jagger Flores, baixou algumas dessas ferramentas. Disse ele que vai tirar a Lua de sua órbita ainda esta semana. Vamos fazer alguns testes em nosso ambiente controlado. Depois eu posto os resultados aqui.

Esses eventos todos são muito interessantes porque eles têm um alcance mundial. Quando a Internet chegar a outros planetas, o alcance será interplanetário.

Bom, é isso aí. Tenho um excelente final de semana.

Para quem gosta, amanhã as 18:30, no Sportv 2, tem Guga X Agassi.

Continuem enviando suas dúvidas e sugestões para rodrigo.ramos@triforsec.com.br

Qualquer coisa tô no Twitter

2 comentários: