quinta-feira, 27 de junho de 2013

Limites do conjunto corpo + mente

Não tenho nada contra testar os limites e bater recordes em corridas de automóvel, por exemplo. Até já vi uma ou outra corrida pela tv. Mas não ha nada que me motive mais do que os esportes que testam os limites do corpo e da mente.

Não é necessário participar de um Ironman ou qualquer coisa parecida para descobrir os seus limites. Eu mesmo testo e busco ultrapassar meus limites numa simples partida de tênis. Assim como você pode testar os seus numa caminhada na praia ou num parque, por exemplo.

Até aqui nunca quebrei nada praticando esportes, mas esse dado não parece verdade quando alguém me vê jogando uma partida de vôlei, futebol ou tênis. Sempre dou o máximo de mim, e quanto mais eu me esforço mais tenho vontade de ir mais longe. É como se o esforço gerasse um processo de retroalimentação de energia. E pra fechar com chave de ouro, depois vem os efeitos maravilhosos da endorfina.

Nos últimos tempos voltei a fazer caminhadas com mais de 10 e menos de 20km. Faço parte de um grupo, os IronNerds, que ganhou esse nome por gostarmos de testar nossos limites do corpo + mente e por gostarmos de estudar e trabalhar com segurança da informação como poucos.

Ainda ontem conversando, via web é claro, decidimos nos preparar para percorrer um circuito de aproximadamente 42km, passando por praias, pedras, mangue, rios, e mais praia. Bom, essa preparação levará alguns meses já que vamos partir para esses 42 km em dezembro/2013.

Daqui até dezembro vamos continuar com nossas provas mensais. Em maio percorremos 16km e em junho percorremos 18km.

Alguma pessoas não conseguem entender como alguém decide participar dessas atividades. Mas até aí tudo bem. O chato é quando alguém além de não entender faz comentários que tentam tirar a beleza da jornada. Essas pessoas não entendem que durante o percurso você além de andar, você também pensa na vida, troca idéias, passa por lugares que poucas pessoas conhecem, conhece e expande os limites do corpo e da mente.

É muito interessante perceber que o corpo depois de muito esforço começa a sinalizar que não aguenta mais seguir, mas aí o seu preparo mental injeta algum ou muito combustível e você segue em frente.

Lembro que dois dias depois da última prova, um amigo comentou que gostaria de marcar outra assim que voltasse a sentir as pernas. hahahahahahahah

O caminho ideal para você conseguir realizar atividade física é ter ou desenvolver VONTADE. Para desenvolver não tem muito mistério. Você só precisa pensar nos benefícios, trabalhar a cabeça, conversar com pessoas que praticam, bater um papo com um médico, e com toda certeza a VONTADE vem.

Nossa mente tem uma força que poucas pessoas exploram devidamente.

Também tem outro caminho, que é chato e você já começa perdendo. O caminho da obrigação por uma questão de saúde. Esse caminho eu não conheço, não quero conhecer, mas posso ajudar quem precisar.

Segue abaixo dois vídeos interessantes. O 1o mostra partes de uma prova do Ironman. O 2o é composto por comentários de alguns atletas do Ironman.



Como você percebe o sentido da palavra vontade?


Motivação na veia



Bom, por hoje é só. vou ficar por aqui tratando de uma gripe chata pra poder voltar às atividades normais.


Nos encontramos em algum backbone da rede ou em alguma paisagem bonita de um vale ou de uma praia.

Abraço,



quarta-feira, 19 de junho de 2013

Brasil 2013


"Eu sei que você está vendo, está sentindo que algo mudou. Eu consigo perceber sua preocupação. Você está com medo de perder a possibilidade de simplesmente nos privar de direitos básicos, de desviar os impostos que pagamos para seus bolsos. Você está com medo de nós. Você está com medo do nosso despertar. Você não sabe como será o futuro. Eu não estou aqui para dizer como isso tudo vai acabar. Eu estou aqui para dizer que é assim que vamos começar. Eu vou encerrar esse texto e vou enviá-lo para o maior número de pessoas possível, para que cada vez mais Brasileiros saibam que nós podemos ter um país onde somos respeitados como pessoas, como seres humanos, onde é possível o acesso a saúde, educação e segurança. Todos precisam saber que o mundo pode ser muito, muito melhor sem vocês. Um mundo sem corrupção, sem descaso, sem professores e médicos com salários miseráveis e sem condições dignas para ensinar e salvar vidas. Onde nós vamos a partir daqui é uma escolha que deixo à sua escolha". 

Texto adaptado a partir do diálogo de Neo com a Matrix.


Brasileiros, 

Vamos lá! Vamos deixar claro que que nós estamos insatisfeitos, que não vamos permitir que a situação passada e atual perdure. Porém, precisamos usar a inteligência e de forma alguma usar a força física. Vandalismo não resolve nada! Vandalismo é um atitude dos últimos governos + empresas corruptas. Não podemos devolver a violência que recebemos deles há anos.

Que o bem esteja sempre ao nosso lado!

Boa sorte!


Forte abraço!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

IronNerd Challenge II

Bom, chegou o final de semana mais esperado dos últimos finais de semana. Vem aí o IronNerd Challenge II. Dessa vez teremos um percurso de aproximadamente 17 km pela orla do litoral sul pernambucano.

Vamos sair de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, com destino a praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho. 

Grande parte do percurso, cerca de 80%, será pela areia da praia e o restante por sobre as pedras.

O legal da etapa sobre as pedras é que nós poderemos definir o grau de dificuldade que queremos. Fiz várias vezes esse percurso e sei que podemos buscar os caminhos mais arriscados e complicados ao ponto de termos que usar as mãos e os pés para superar os obstáculos.

Lembro que uma vez fiz esse caminho com dois outros amigos no sentido inverso. O detalhe é que foi a noite. Pra quem não sabe, o escuro da noite em um lugar inóspito e de difícil locomoção, leva a mente a lugares e sensações extremamente complicadas, e pra piorar n tem como desistir.

Tem um trecho onde é necessário cruzar um pequeno riacho de uns 6 ou 7 metros de largura, cercado de uma mata que faz um túnel sinistro, e claro cheio de pedras, muitas pedras. Quando você soma tudo isso ao escuro da noite e a uma paranoia que já vem com você por quase uma hora ... hahahahahahahah 

Você deve tá perguntando: E ninguém leva lanterna não, é? Até que levamos, mas ficamos com receio de indicar que estamos andando por alí. Tem muito mala na região e um encontro alí deve ser punk. Nada que uma dentada na jugular na resolva, mas não é nada fácil.

Bom, nesse final de semana estaremos todos lá no 2o IronNerd Challenge.

E pra quem acha que não aguenta caminhar 16...17km e que não sabe se vale tentar. Vide bula.

Fico por aqui.

Até o próximo post.

t+
Saúde e paz!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Seja você também um IronNerd

Pois é, a última caminhada foi muito boa. Muito legal mesmo. Cada um de nós desenvolve suas próprias impressões sobre uma caminhada de 16 km, sob sol forte, num domingão, quando teve gente que disse que ia e não apareceu.

No meu caso, além da satisfação pessoal pela atividade em si, gosto de ver as outras pessoas descobrindo que conseguem superar algo que pra elas estava além do imaginável. Um amigo de 62 anos chegou a pensar em desistir, mas como um bom IronNerd que ele não sabia que é, ele conseguiu.

A maioria das pessoas tem uma característica muito comum, que em minha humilde opinião, atrapalha muito o desenvolvimento de qualquer indivíduo. Eu acredito que a criação de LIMITES é um fator extremamente negativo, e pra piorar ainda mais, muitas pessoas não têm nem vontade de tentar superar os "limites" que elas criam.

O ato de você trabalhar para quebrar e superar esses "limites" é um combustível que a maioria de nós desconhece ou não percebeu. Imagine como seria o mundo sem a quebra de recordes. Os esportes não fariam sentido. O melhor time de basquete do mundo seria sempre o mesmo.

O que teria acontecido se Oscar e toda a seleção brasileira, com todos os jogadores e comissão técnica, tivesse acreditado que seria impossível (que é outra palavra que não merece muito respeito) vencer a seleção americana na final do PAN de 1987.

O que faz uma pessoa se superar é o fato de saber que é possível se superar, assim como superar os outros, algumas vezes.

Quando uma pessoa me diz que sou doido porque passo um dia caminhado, subindo, descendo, escalando pedras, eu imagino que a vida dessa pessoa deve ser uma grande mesmice (praia, shopping, cinema, bar, dormir, casa de alguém). Por favor, não entenda que mesmice é algo ruim. Cada um faz o que gosta. Há de ser tudo da lei, como disse Raul Seixas. Mas mesmice, pra mim, é um limite imposto pela própria pessoa.

Achar e acreditar que não consegue caminhar 16 km é tão perigoso como acreditar que não consegue ler um livro porque ele é muito grosso. Isso é muito mais perigoso do que caminhar sob sol forte. E o pior de tudo é que ninguém tá impondo esse limite. Você mesmo está criando e acreditando que não consegue.

Bom, já escrevi d+ sobre esse assunto. Depois eu paro pra escrever sobre essa coisa de pensar e acreditar em coisas que não melhoram a vida de ninguém.


Voltando às caminhadas, acabamos de definir a próxima, e o email/convite seguiu assim:

"Se você é Nerd e apenas Nerd, parabéns pra você. ser Nerd é tudo de bom.

Se você gosta de praticar atividades físicas. Parabéns pra você! O corpo e a mente precisam de exercícios físicos.

Agora, se você é Nerd e gosta de atividades físicas radicais, que exigem muito mais do que levantar peso numa academia ou ficar puxando quimonos por aí, chegou sua grande chance de se tornar um IronNerd.

No nosso último encontro fizemos uma caminhada de 16 km, lá em Brasil <- Pernambuco <- Camaragibe <- Aldeia. 


Nosso próximo encontro está marcado para o dia 09/06/13. Dessa vez será pela praia. Vamos sair de Barra de Jangada e vamos até Suape, num percurso de aproximadamente 16 km.

Caso você não tenha nada melhor pra fazer ou uma boa desculpa pra arrumar. Entre em contato e vamos lá! Nada como chegar em casa só o bagaço, sabendo que você é um IronNerd.





Bom, é isso aí!

Se alguém tiver algum comentário ou sugestão é só mandar.

Bom final de semana e boas caminhadas! 

Saúde e paz!

Grande abraço,

sábado, 18 de maio de 2013

Voltando às caminhadas e ao blog

Acabo de preparar o café da manhã da equipe da caminhada de amanhã. Marcamos às 8:00 horas pra tomar o tal café (melancia, abacaxi, banana, uva, melão, laranja e água de côco) partir.

Não sei se fiz certo. Mas também não sei se fiz errado. Eu disse que o percurso tem 10km, mas na realidade tem 16km. Com as eternas subidas devemos ter a sensação de uns 20km. Como estamos no começo da temporada de chuvas o ideal é que caia um temporal daqueles no meio do caminho pra diminuir o calor e melhorar a aventura. 90% do percurso é por estradas de terra cercada de mata atlântica.

Sempre marquei caminhadas com os amigos pelo simples prazer de caminhar, mas dessa vez tive um motivo extra. Dessa vez não chamei meus antigos de caminhadas. Chamei a equipe do trabalho. O convite foi enviado por email e dizia:

Pessoal, bom dia!


Visando criar uma forma diferente de integração e de interação do time, gostaria de convidar todos para nossa 1a Mobile Meeting, que acontecerá no próximo dia 19/05/13.

A ideia é a seguinte:

O ponto de encontro será no XXX, ...., as 8:00 da manhã.

Para evitar atrasos a gente toma café lá mesmo. Quem não gostar de frutas precisará levar a sua comida.

Após o café a gente vai partir para uma caminhada de aproximadamente 10 km.

Sugestão: Vestir bermuda, camisa leve, chapéu e tênis, passar protetor solar e levar muita, muita água. Podemos pegar água lá mesmo, mas a fonte n é de água gelada.

Durante esse percursos a gente vai falar sobre trabalho, projetos, novela das 8, contar histórias, piadas, … Só n vai valer se revelar.

Acredito que a integração do time é a melhor forma para facilitar a superação dos desafios que os grandes objetivos trazem consigo.

Conto com a presença de todos.

Favor confirmar a participação caso a data e hora esteja legal.


Vamo q vamo!

Abraço,
--
Rodrigo Ramos



Espero conseguir formar um grupo que goste dessas caminhadas. Já estou falando sobre a próxima que certamente será na praia, com um percurso extremamente diferente com um nível de dificuldade um pouco elevado.

Bom, por hoje é só!

Vamo q vamo!

Abraço,
Rodrigo Ramos



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Grandes espíritos e as mentes medíocres.

Graças também a influência de meu pai comecei a ler muito, e cada vez mais, já tem alguns anos. Ele é dessas pessoas que presenteia os filhos e os netos com livros. Outro dia meu filho, não lembro bem qual deles, comentou "Pai, por que vovô me deu livro no natal e quando não é nenhuma data importante ele me deu um super presente (xbox, wii, ...)?"

Hoje em dia eu vou numa livraria praticamente todos os dias da semana. Sempre que tenho um tempo livre corro para uma, pego um livro e começo a ler. Muitas vezes só leio até o final do 1o ou 2o capítulo. Quando gosto e tenho um dinheiro sobrando acabo comprando. Houve um dia em que comecei a ler na Saraiva, comprei e terminei o livro na madrugada do dia seguinte.

Durante essas lidas aqui, alí e aculá conheci diversos pensadores, filósofos, engenheiros, técnicos, ..... de tudo um muito.

Tem uma frase de Albert Einstein que sempre me fala muito diretamente e eu realmente acredito nela. Ela diz: "Grandes espíritos sempre encontraram violentas oposições de mentes medíocres".

Antes de mais nada deixo claro que não me considero um dos grandes espíritos da humanidade.

Todos nós sabemos como é trabalhoso conseguir realizar, construir ou subir seja lá o que for. Se a nossa missão fosse destruir ou descer seria muito mais fácil. Diz um ditado popular que "pra descer todo santo ajuda".

Esses dias bati um papo com uma prima que acredita que é sempre melhor você fazer tudo em segredo para evitar que "o olho grande, a energia negativa, atrapalhe os planos. Acho que a preocupação dela faz sentido. Eu mesmo já pensei assim. Hoje, eu acredito que isso pouco importa se você buscar conviver e falar sobre seus planos para pessoas que compartilham da mesma energia que você.

Exemplo: Não adianta falar sobre trabalho com pessoas que não trabalham com o q gostam ou não gostam de trabalhar. Não adianta falar em acordar as 5 da manhã do sábado para correr com quem não acorda cedo nem pra tirar o pai da forca.

Outro dia batendo um papo com um amigo de uma certa religião, ele falou que nós temos muitos inimigos de outras vidas e que esses inimigos fazem de tudo para nos atrapalhar. Já uma amiga de uma outra religião comentou que nós temos que tomar cuidado com o que pensamos porque os pensamentos atraem espíritos bons e espíritos ruins.

Bom, voltando para a frase, eu acho muito normal que uma mente medíocre, por não entender m objetivo ou por inveja, é sim uma forte inimiga.

Já uma mente um pouco verde, ainda ignorante, se não for medíocre, ela é capaz de ajudar só por perceber que alí naquele objetivo existe alguma coisa positiva e que ela também vai colher os frutos mais gostosos, mesmo não entendo bem o objetivo para saber que frutos virão.

Uma mente medíocre pode evoluir e deixar esse estado desgraçado que é preenchido com preguiça, pensamentos negativos, egoísmo, muita energia negativa, e claro muita burrice.

Agora, eu também acredito que todo grande espírito tem entre suas obrigações a missão de ajudar as mentes medíocres a evoluir.

bom, é isso aí.

Abração! t+, saúde e paz







terça-feira, 13 de novembro de 2012

Discurso da vitória de Obama - 2012


Obrigado. Obrigado. Muito, muito obrigado. Hoje, mais de 200 anos depois de uma ex-colônia conquistar o direito de determinar seu próprio destino, nossa união avança. (aplausos) Ela avança graças a vocês. Ela avança porque vocês reafirmaram o entusiasmo que triunfa sobre a guerra e a depressão.

O entusiasmo que ergueu nosso ânimo das profundezas do desespero ao pico da esperança. A fé em que, embora cada um de nós busque realizar seus sonhos individuais, somos uma família americana e vamos nos erguer e cair como uma só nação e um só povo.

Esta noite, nesta eleição, vocês, o povo americano, nos fizeram lembrar que, embora nosso caminho tenha sido árduo, embora nossa jornada tenha sido longa, nós nos reerguemos, nós lutamos para recuperar o terreno perdido, e sabemos em nosso íntimo que para os Estados Unidos da América o melhor ainda está por vir.

Quero agradecer a cada americano que participou desta eleição. Quer você tenha votado pela primeira vez ou aguardado em fila por muito tempo; por falar nisso, precisamos dar um jeito nisso. Quer você tenha percorrido as ruas ou falado ao telefone. Quer você tenha erguido um cartaz de Obama ou um cartaz de Romney, sua voz foi ouvida, e você fez uma diferença.

Acabei de falar com o governador Romney. Parabenizei a ele e ao deputado Ryan por uma campanha arduamente travada. Podemos ter nos enfrentado com afinco, mas foi apenas porque amamos este país profundamente e nos preocupamos tanto com seu futuro.

Desde George e Lenore até seu filho Mitt, a família Romney optou por contribuir para a América através do serviço público, e esse é um legado que honramos e que aplaudimos esta noite. Nas próximas semanas, espero me sentar com o governador Romney para estudar as áreas em que podemos cooperar para fazer este país ir para frente.

Quero agradecer a meu amigo e parceiro dos últimos quatro anos, o "guerreiro feliz" da América e o melhor vice-presidente que se poderia desejar: Joe Biden.

E eu não seria o homem que sou hoje sem a mulher que aceitou casar-se comigo 20 anos atrás. Quero dizer isto publicamente: Michelle, nunca a amei tanto. Nunca senti mais orgulho que agora de ver o resto da América apaixonar-se por você também, como a primeira-dama de nosso país.

Sasha e Malia, diante de nossos olhos vocês estão crescendo para tornar-se duas jovens fortes, inteligentes e lindas, como sua mãe. (aplausos) Sinto tanto orgulho de vocês. Mas tenho que admitir que um cachorro apenas é provavelmente o bastante por agora.

À melhor equipe de campanha e aos melhores voluntários na história da política, os melhores, os melhores. Alguns de vocês começaram desta vez e alguns estiveram a meu lado desde o início, mas todos vocês são parte da família.

Não importa o que venham a fazer ou para onde vão a partir daqui, vocês sempre carregarão a memória da história que fizemos juntos e terão a apreciação vitalícia de um presidente agradecido.

Obrigado por acreditarem sempre, ao longo de todas as montanhas e todos os vales, vocês me ergueram o caminho inteiro. Sempre serei grato por tudo o que vocês fizeram e todo o trabalho incrível que investiram.

Sei que campanhas políticas às vezes podem parecer mesquinhas, até mesmo tolas, e isso dá muita munição aos cínicos que nos dizem que a política não passa de uma disputa entre egos ou que é dominada por interesses especiais.


Mas se vocês alguma vez tiverem a oportunidade de conversar com pessoas que compareceram a nossos comícios e se acotovelaram diante dos cordões de isolamento em ginásios de colégios, ou viram pessoas trabalhando tarde da noite num escritório de campanha em algum condado minúsculo, longe de casa, vocês descobrirão algo diferente.

Vocês ouvirão a determinação na voz de um jovem organizador de base que trabalha para pagar por seus estudos universitários e quer assegurar que todas as crianças vão ter a mesma oportunidade.
Ouvirão o orgulho na voz de uma voluntária que está indo de porta em porta porque seu irmão finalmente conseguiu emprego quando a fábrica de automóveis local acrescentou mais um turno de trabalho.

Ouvirão o patriotismo profundo na voz de uma esposa ou marido de militar que está trabalhando como voluntário ao telefone, tarde da noite, para assegurar que ninguém que combate por este país jamais precise lutar para ter um emprego ou uma casa para viver quando voltar para casa.

É por isso que fazemos isto, é isso o que a política pode ser, é por isso que as eleições têm importância. Não é pouca coisa: é grandioso, é importante. Num país com 300 milhões de pessoas, a democracia pode ser barulhenta, confusa, complicada.

Temos nossas opiniões próprias, cada um de nós tem posições em que acredita profundamente, e quanto passamos por tempos difíceis, quando tomamos decisões importantes, como país, isso necessariamente desperta paixões, provoca controvérsia. Isto não vai mudar depois desta noite e não deveria mudar.

Essas discussões que temos são um sinal de nossa liberdade, e nunca devemos esquecer que agora, enquanto falamos, pessoas em países distantes estão arriscando suas vidas, neste exato momento, simplesmente por uma chance de discutir sobre as questões que são importantes, pela chance de votar, como nós fizemos hoje.

Mas, a despeito de todas nossas divergências, a maioria de nós compartilha certas esperanças para o futuro da América. Queremos que nossos filhos cresçam num país em que tenham acesso às melhores escolas e os melhores professores.

Um país que faça jus a seu legado de líder global em tecnologia, descobertas e inovações. Com todos os novos empregos e os novos empreendimentos decorrentes.

Queremos que nossos filhos vivam numa América que não esteja onerada por dívidas, que não seja enfraquecida pela desigualdade. Que não seja enfraquecida pelo poder destrutivo de um planeta em aquecimento. Queremos deixar para nossos filhos um país que seja seguro e que seja respeitado e admirado em todo o mundo.

Um país defendido pelas forças armadas mais fortes do mundo e as melhores tropas que este mundo já conheceu. Mas também um país que avance com confiança para além deste tempo de guerra, que erga uma paz baseada na liberdade e dignidade para cada ser humano. Acreditamos numa América generosa. Numa América compassiva. Numa América tolerante, aberta aos sonhos de uma filha de imigrantes que estuda em nossas escolas e jura fidelidade a nossa bandeira.

Ao garoto da zona sul de Chicago que enxerga uma vida mais além da esquina de sua rua. Ao filho de trabalhadores em fábricas de móveis da Carolina do Norte que sonha em tornar-se médico ou cientista, engenheiro ou empreendedor, diplomata ou até mesmo presidente. Esse é o futuro pelo qual esperamos, essa é a visão que compartilhamos. É nesse rumo que precisamos avançar. Para frente. É nessa direção que precisamos avançar.

É verdade que vamos discordar, às vezes com veemência, em relação a como chegar lá. Como vem fazendo há mais de dois séculos, o progresso virá de modo irregular --nem sempre é um caminho constante e tranquilo.

O reconhecimento de que temos sonhos e esperanças em comum não será o bastante, por si só, para acabar com todo o impasse, resolver todos nossos problemas ou substituir todo o trabalho cuidadoso de construir nosso consenso ou fazer as concessões difíceis necessárias para fazer este país ir para frente. Mas é desse elo comum que devemos partir.

Nossa economia está se recuperando. Uma década de guerra está chegando ao fim. Uma longa campanha agora acabou. E, quer eu tenha merecido ou não o voto de vocês, eu os ouvi, aprendi com vocês, e vocês me fizeram um presidente melhor. Munido das histórias e das lutas de vocês, retorno à Casa Branca mais determinado e mais inspirado para o trabalho que há para ser feito e o futuro que está pela frente.

Esta noite vocês votaram na ação, não na política como ela costuma ser. Vocês nos elegeram para focarmos os empregos de vocês, não os nossos. E, nas próximas semanas e nos próximos meses, quero procurar e trabalhar com líderes dos dois partidos para encarar os desafios que só poderemos resolver juntos: reduzir nosso déficit, reformar nosso código tributário, resolver os problemas de nosso sistema de imigração, libertar-nos do petróleo estrangeiro. Temos mais trabalho a fazer!

Mas isso não quer dizer que o trabalho de vocês tenha terminado. O papel do cidadão em nossa democracia não se limita ao voto. O importante na América nunca foi o que pode ser feito por nós --é o que pode ser feito por nós, no trabalho árduo, frustrante, mas necessário do autogoverno. É esse o princípio sobre o qual fomos fundados. Este país possui mais riqueza que qualquer outro, mas não é isso o que nos torna ricos.

Possuímos as forças armadas mais poderosas da história, mas não é isso o que nos torna fortes. Nossas universidades, nossa cultura são motivo de inveja do mundo, mas é isso o que faz o mundo continuar a vir até nós.

O que faz a América ser excepcional são os vínculos que unem a nação mais diversificada da Terra, a crença de que nosso destino é compartilhado, que este país só funciona quando aceitamos certas obrigações uns para com os outros e para com as gerações futuras, de modo que a liberdade pela qual tantos americanos lutaram e morreram vem acompanhada de responsabilidades também, e entre estas estão o amor, a caridade, o dever e o patriotismo. É isso o que torna a América grande.

Sinto-me esperançoso esta noite porque vi o entusiasmo em ação na América. Eu o vi na empresa familiar cujos donos preferiram reduzir seus próprios rendimentos a demitir seus vizinhos e nos trabalhadores que preferiram reduzir seus horários de trabalho a ver um amigo perder seu emprego. Eu o vi nos soldados que voltam a se alistar depois de perder um braço ou perna e nos membros das forças especiais que correram escada acima, rumo ao escuridão e ao perigo, porque sabiam que havia um companheiro atrás deles, protegendo-os.

Eu o vi nas costas de Nova Jersey e Nova York, onde líderes de todos os partidos e todos os escalões do governo deixaram suas diferenças de lado para ajudar uma comunidade a reconstruir-se após a destruição deixada por uma tempestade terrível.

E o vi outro dia em Mentor, Ohio, onde um pai contou a história de sua filha de 8 anos de idade, cuja longa batalha contra a leucemia quase custou à sua família tudo o que ela possuía, não fosse o fato de a reforma da saúde ter sido aprovada alguns meses antes de a seguradora deixar de pagar pelo atendimento médico dela.

Tive a oportunidade não apenas de falar com o pai, mas de conhecer sua filha incrível. E, quando ele falou ao público, cada pai ou mãe naquela sala, ouvindo a história daquele pai, teve lágrimas nos olhos, porque sabíamos que aquela garotinha poderia ser nossa filha.

E eu sei que cada americano quer que o futuro de sua filha seja tão iluminado quanto o dela. Esses somos nós. Esse é o país que sinto tanto orgulho em liderar, como seu presidente.

E esta noite, apesar de todas as dificuldades pelas quais passamos, apesar de todas as frustrações de Washington, nunca me senti mais esperançoso em relação a nosso futuro.

E peço a vocês que sustenham essa esperança. Não estou falando em otimismo cego, o tipo de esperança que simplesmente ignora a enormidade das tarefas pela frente ou dos obstáculos que estão em nosso caminho.

Não estou falando do idealismo pouco realista que nos permite simplesmente assistir aos fatos, sem intervir, ou nos abster de uma luta. Sempre acreditei que a esperança é aquela coisa obstinada dentro de nós que, apesar de todas as evidências em contrário, teima em insistir que algo melhor está à nossa espera, desde que tenhamos a coragem de continuar buscando, continuar trabalhando, continuar lutando.

América, acredito que podemos partir do progresso que já conquistamos e continuar a lutar por novos empregos, novas oportunidades e nova segurança para a classe média. Acredito que podemos cumprir a promessa de nossa fundação: a ideia de que, se você está disposto a trabalhar muito, não importa quem você é, de onde vem, qual é sua aparência ou onde ama. Não importa se você é negro ou branco, hispânico, asiático ou indígena americano, jovem, velho, rico ou pobre, saudável, deficiente, gay ou heterossexual.

Você pode ter sucesso aqui na América, se estiver disposto a tentar. Acredito que podemos agarrar este futuro juntos, porque não estamos tão divididos quanto nossa política leva a pensar. Não somos tão cínicos quanto os especialistas pensam.

Somos maiores que a soma de nossas ambições individuais, e continuamos a ser mais do que um conjunto de Estados vermelhos e azuis: somos e seremos para sempre os Estados Unidos da América. Juntos, e com a ajuda e vocês e a graça de Deus, vamos continuar a avançar e lembrar ao mundo o que significa viver na maior nação da Terra. Obrigado, América. Deus nos abençoe. Deus abençoe estes Estados Unidos.