quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Do técnico ao quase-comercial


Empresas que têm como fim a Tecnologia da Informação são criadas a partir de uma ideia com objetivo de facilitar a vida de alguém ou de uma empresa.

A partir do surgimento dessa ideia, o pessoal começa a trabalhar para transformá-la em algo real, que possa virar um produto ou serviço.

Durante algum tempo, esse trabalho consome todo o tempo dos fundadores da empresa. Um belo dia, depois de muitas idas e vindas, leões, tsunamis, sai do forno a versão 1.0 da solução, ex-ideia.

Quando isso acontece, o pessoal descobre que agora tem que iniciar uma segunda jornada, que terá que acontecer em paralelo com o trabalho de manter e melhorar a atual versão. Essa 2a jornada se chama VENDER.

Em muitos casos, como o que aconteceu aqui na Triforsec, alguém tem que se afastar um pouco da parte técnica e assumir as missões da área Comerc ial (além de fazer todo o resto que possa aparecer. E aparece).

Quando nos juntamos, e começamos a trabalhar, eu achava que havia feito a melhor escolha do mundo, porque as empresas estavam pagando para ficarmos numa sala, sentados na frente de um computador, com Internet, pensando, produzindo, testando, estudando, tomando café, comendo pizza, …. Mas aí, veio a realidade. Alguém tinha que falar com as empresas, correr atrás dos clientes, telefonar, levar chá-de-cadeira, ouvir elogios, reclamações, montar projetos, monitorar o andamento dos projetos.

Isso foi o que aconteceu comigo. No começo eu não gostei muito da ideia, mas depois fui me adaptando e hoje eu estou tranquilo (hummm mais ou menos).

Aos poucos, eu fui saindo do mundo maravilhoso das pesquisas e me tornei o camarada que escuta da área comercial, passa para a área técnica, pira com os prazos e com as cobranças, ouve que bom mesmo é ser chefe, porque não tem patrão (como se cada cliente não fosse um patrão), muitas vezes sou o primeiro a chegar e o último a sair, passo horas dentro do meu carro por semana e tudo isso tendo que ser espirituoso e bem humorado.

Mas tem o outro lado!

O legal de você mudar de área é que outras portas se abrem na sua cabeça, outras peças começam a se encaixar e com isso você começa a ver o mundo com outros olhos (e ainda tenho miopia e astigmatismo).

A área técnica exige muito pouco ou quase nada do artista que existe em cada um de nós, se comparada às áreas de maior contato com os clientes (outras pessoas).

Já escutei da área técnica coisas que se eu passar para o cliente serei eletrocutado, afogado, triturado e o que sobrar a turma manda para o Cap. Nascimento, dentro de um saco com uma etiqueta “Traficante, matador de policial honesto”.

Nesses casos, eu preciso pegar essa frase que chegou aos meus ouvidos ou e-mail e transformá-la em algo tão agradável que o cliente queira me pagar um almoço no melhor restaurante da cidade. Isso nunca aconteceu. Mas, quem sabe?...Hummm Lembrei que J. Monteiro montou um churrasco para a gente uma vez.

Já tem alguns anos que o amigo, J. Monteiro, me disse que poderia empacotar qualquer coisa, tornando-a em algo atraente, comercialmente falando. Na época, deve ter uns 4 ou 5 anos, eu achei a afirmação dele muito interessante e audaciosa.

Hoje, eu tenho essa mesma sensação. Estou até pensando em fazer um teste. Vou tentar vender carne moída de baleia para o Greenpeace.

Bom, estou nessa e devo ficar por um bom tempo. 

Eu ia escrever um pouco mais sobre o tema, passando minhas experiências e observações dos últimos 12 meses, mas fica para o próximo post.

Simmm Por que “do técnico ao quase-comercial?” Porque meu objetivo é ficar entre a área comercial e a área técnica. Essa é a melhor posição para a Triforsec.

Fico por aqui.