quinta-feira, 30 de setembro de 2010

É o "Cyberterrorism" chegando mais forte

Cyberterrorismo não é nada muito novo e o nome já diz do que se trata. Decidi escrever esse post depois de ler o artigo Iran struggling to contain 'foreing-made' 'Stuxnet'computer virus, por Thomas Erdbrink and Ellen Nakashima,
publicado no Washingtonpost, em 27/09/2010.

Vou traduzir alguns trechos, fazer alguns comentários e deixar nossas imaginações trabalharem.

TEHRAN - O Iran suspeita que uma nação ou organização estrangeira criou o  "Stuxnet," um worm mutante que ataca computadores e que se infiltrou nos sistemas de computadores industriais na República Islâmica, disse um oficial de alto escalão.

"Nós imaginávamos que poderiamos remover um vírus com um ou dois meses," disse Hamid Alipour, diretor do Iran's Information Technology Co., que faz parte do Ministério das Comunicações e Tecnologia da Informação, à Islamic Republic News Agency. "Mas o vírus não é estável e quando começamos o processo de remoção três novas versões apareceram e se espalharam," disse Hamid Alipour.

Ninguém assumiu a responsabilidade pelo worm e nenhuma entidade ou país foi definitivamente identificado como a origem.

É o primeiro caso conhecido de um malware criado para sabotar um sistema de controle industrial. "Nunca vimos nada assim antes,"disse Liam O'Murchu, da Symantec "Ele é muito perigoso".

Experts internacionais em segurança computacional dizem que o Stuxnet foi criado para atacar sistemas de controle produzidos pela Siemens, uma fabricante de equipamentos alemã. Os produtos da Siemens são muito utilizados nas plantas/instalações elétricas do Iran, em sistemas de comunicação e na 1a planta de energia elétrica do país, perto da cidade de Bushehr, que deve começar a produção em Outubro.

Uma vez dentro do sistema, o worm é capaz de reprogramar o software que controla funções críticas. Os pesquisadores ainda não sabem o que aconteceu exatamente ou qual seria a sabotagem e em que sistemas.

O worm foi descoberto em junho e os pesquisadores descobriram algo em torno de 45000 computadores infectados em vários países, incluíndo Indonésia e Índia, mas a maioria dos casos de infecção ocorreu no Iran, o provavel alvo do worm, acreditam os analistas.

Oficiais Iranianos disseram no sábado que eles foram atacados por uma
"electronic warfare" e souberam que o worm havia infectado mais de 30000 compuadores, incluindo os computadores pessoais dos funcionários da usina nuclear, perto de Bushehr.

Ainda durante o final de semana, os oficiais disseram que os sistemas estavam fora de perigo e que o vírus estava sob controle. As notícias da segunda-feira não batiam com esse comunicado.

Devido a riqueza e complexidade do worm e o alto investimento necessário para escrever o código, Alipor disse achar que o vírus foi criado por uma organização estrangeira ou país."O autor teve acesso a informações industriais que não estão disponíveis para os experts em TI", entendendo que um grupo hacker qualquer não teria como criar o vírus.

Um expert iraniano em computação disse que a usina nuclear também deve estar infectada, se os computadores pessoais dos funcionários também foram infectados pelo Stuxnet. "O worm também pode ter sido criado por Israel, tentando roubar segredos nucleares ou causar problemas à usina, ou pela Índia, que possui o maior poder de programação privado do mundo", disse o expert, falando na condição de manter sua identidade secreta, devido a criticidade do assunto.

Uma pequena cyberwar (guerra envolvendo computadores) entre o Iran e o West se intensificou após a vitória do Presidente Mahmoud Ahmadinejad nas eleições do ano passado. Vários grupos de hackers iranianos alegaram que o Ministério da Inteligência tem atacado os Websites dos opositores. Em dezembro eles pararam temporariamente a rede do Twitter, que eles acusaram estar dando assistência ao movimento opositor.

Grupos hackers como o Iranian Cyber Army e o Ashiyaneh têm dito que eles tiraram do ar milhares de sites do Western no ano passado. Como resposta, centenas de sites iranianos também foram atacados.

Engenheiros baseados no Tehran, especializados em reparar computadores pessoais dizem não ter notado nenhum crescimento nos trabalhos devido a vírus. Computadores são muito usados na sociedade iraniana, com a Internet sendo um importante meio de distribuir notícias da oposição que são censuradas pelo estado.

Alipour disse que o worm se tornou ativo a um ano. "É diferente de qualquer outro vírus", ele disse. "O Stuxnet é extremamente perigoso e medidas sérias devem ser tomadas para eliminá-lo".

Mais informações sobre "Cyberterrorism" podem ser facilmente encontradas no Google. Alguns estudiosos do assunto falam que muitas das próximas guerras acontecerão através do mundo virtual. Eu sigo essa mesma linha de pensamento.

Fico por aqui.

Mandem suas dúvidas e sugestões para rodrigo.ramos@triforsec.com.br


t+
saúde e paz

2 comentários:

  1. Grande Ramos,
    Eu também acredito que próximas guerras acontecerão através do mundo virtual. Quando vejo esses filmes futuristas, fico admirado com a criatividade dos produtores, mais também já fico antenado pois tudo que eles colocam em filmes referente a tecnologia, não passa de 10 anos para começar a aparecer no mercado do tio SAM...Fico imaginado daqui uns 50 anos...deve rolar o "Teletransporte da matéria", diga ai???.
    Abraço DIDI.

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